sexta-feira, abril 21, 2006

Propostas de fim-de-semana!

Avisa-se os leitores que a revolta dos pasteis de nata está de volta e em força todas as quintas-feiras (em directo) ás 23.20, e em diferido aos domingos às 13.45. O tema desta semana foi a burocracia e foi absolutamente hilariante... A qualidade desta nova série (a terceira) subiu em flexa! A atestar isso deixo-vos um teaser só para terem um gostinho....

Burocracia


Sempre atento, sempre radioactivo.

quarta-feira, abril 19, 2006

Memórias esquecidas da guerra....

Já era noite quando finalmente fomos para a caserna. Eu era motorista o que na prática significava que era a carne para canhão. Eram os motoristas que mais fatalidades tinham na guerra. Uma bomba anti-tanque raramente fazia feridos. Já eram umas 11 da noite quando o pessoal na caserna começou a acalmar. Era comum o pessoal descomprimir de noite. Tinhamos a sensação que ali estaríamos seguros. Claro que já tinham havido casos de chuva de morteiros dentro do aquartelamento mas os 2 metros de profundidade da caserna dava-nos alguma paz de espírito. Foi nessa altura, que o capitão interrompeu pela caserna a dentro. Não foi preciso ele abrir a boca para percebermos o que lá vinha. Só havia uma razão pela qual ele entraria a uma hora daquelas no nosso "santuário"... Alguém tava entalado. Havia uma companhia que tinha ficado "presa" no mato. Estavam "em combate desde perto do anoitecer". Eles tavam sem monições e sem hípotese. Se ninguem lá fosse ajudar eles aumentariam a já grande lista de "heróis da nação". Por momentos pensamos no apoio aério mas sabiamos bem que a força aéria não saía com nada de noite. "Esta saída é voluntária" disse o capitão. Mas ali rápidamende aprendíamos que uns dependem dos outros. Era o que nos impedia de transformar em animais, aquela era a nossa família. Rapidamente acenámos ao capitão como lhe dizendo "estamos todos dentro!". Ele esboçou um "Certo!" que foi um misto de "já sabia" com "e agora vem a parte pior". Preciso de 3 veículos comigo. Dois unimog(uma espécie de jipe com esteroídes) e uma berlier(uma camioneta de caixa aberta para transporte de homens). Bem como só estavam 3 condutores na caserna depressa me apercebi que esta não falhava. Depois arrematou: "Vou levar 20 homens, vamos atacar com força!". Força com vinte homens quase suava a anedota mas bem armados ainda conseguiamos fazer muitos estragos. Equipámo-nos e saimos da caserna. O silêncio até ás viaturas foi acompanhado pelos olhares frios que lançavamos uns aos outros. Sabiamos que não voltavamos todos. Não daquele tipo de missões. Sentamo-nos nas viaturas e começámos a olhar uns pós outros... E agora quem fazia de rebenta-minas? Rebenta-minas era o nome dado ao primeiro carro da comitiva. E quando pensavamos nisto ouvimos o jipe do capitão. Passou por todos os veículos e colocou-se à frente. Nunca tinha-mos visto tal coisa. Eles gostavam sempre de ir no "quentinho" do meio da comitiva. E enquanto olhámos incrédulos para aquilo sentimos a alma encher-se ainda mais de coragem. Era de homem! É estranho a cabeça humana. Algo que nós soldados faziamos todos os dias feito por patente mais elevada parecia o mais louvável dos comportamentos. O certo é que resultou. Estávamos no ponto. Ouvimos um "Sigam-me!. Vamos a cagar lume o caminho todo!". Tinhamos um morteiro por cada unimog e dois na berlier. Por cada 20 segundos soltávamos um para cada lado da estrada. Aquele espectáculo bélico era digno de se ver. Parecia o fogo de artifício das festas da santa terrinha. Até deve ser pecado gostar de ver o céu de moçambique iluminado pela luz do morteiro. Mas lá que era bonito... Íamos com as luzes ao máximo e com o prego a fundo. Não havia tempo a perder. Tinha posto a G3 pronta a disparar ao lado. Ali não havia tempo para perguntar primeiro e disparar depois. Ao minímo sinal... Conseguímos chegar lá a tempo. O inimigo assustou-se com a nossa chegada, talvez vencido pelo cansaço de mais de 3 horas de combate e bateu em retirada. Nessa noite ninguém morreu. Nessa noite.....

quarta-feira, abril 12, 2006

Pontos de vista.

A parte humorística do decaimento....
Sempre atento, sempre radioactivo.

Protão

terça-feira, abril 11, 2006

Religiosidade Radioactiva

Já repararam que os bispos, cardeais, patriarcas, etc, costuma andar com verdadeiros "cachuchos" nos dedos( qual padrinho de máfia siciliana) e com verdadeiras correntes de ouro que faria inveja a qualquer "rapper" americano. Ora da ultima vez que passei os olhos pela biblia penso que falava lá num certo pecado de nome luxúria que supostamente até era mortal! Mas acho que normal quando se ocupa "cargos" elevados na hierarquia ganha-se imunidade a certos castigos inevitáveis para os restantes trabalhadores da "organização". São os privilégios de se ser chefe.
Sempre atento, sempre radioactivo.



Que comecem as bloguices!

Preparem-se para muita radiação. Particulas alfa, beta e gama com fartura!